Carmen e Moody tentam livrar a cara dos cafetões
apresentando um perfil pseudopsicológico desses homens. O que é realmente
importante, eles escrevem, “é a autoimagem do homem, a forma com que ele
percebe a si mesmo no relacionamento com a prostituta(...) Ele não se vê como
um senhor de escravas mulheres; ao invés disso ele se considera um
empresário(...) Ele gerencia um pequeno negócio.” E, conforme a leitura,
entendemos que, em seus negócios “ele geralmente escolhe pagar a mulher com
bens e serviços ao invés de com dinheiro” (Arlene Carmen e Howard Moody, 1985:
pp. 107-108). Isso é equivalente a tentar construir uma análise do assédio
sexual perguntando como o criminoso condenado percebe a si mesmo em sai relação
com a vítima: ele não se vê como um estuprador; ele acha que está amando.
Explicando como os cafetões são vistos pela sociedade,
Carmen e Moody escrevem, “A categoria dos cafetões sofre enquanto seres humanos
o mesmo destino de outros membros de pessoas fora do padrão ou minorias
subculturais” (Arlene Carmen and Howard Moody, 1985: pp. 100). Eles alegam que
99% dos cafetões são negros e reforçam esse equívoco apresentando uma visão
racista/misógina da história. “Em tempos de escravidão,” eles afirmam,
“senhores brancos estupraram mulheres negras e saíram impunes.” Entretanto,
eles adicionam, “algumas mulheres negras cooperaram com os senhores brancos
para ganhar espaços mais seguros.” Desconsiderando os horrores específicos ao
gênero aos quais mulheres escravizadas eram submetidas, incluindo gravidez
forçada, e rotulando-as como colaboradoras com a própria opressão, Carmen e
Moody rapidamente avançam para o que eles entendem como a real degradação da
escravidão: “Senhores brancos castravam socialmente homens negros não
permitindo que estes fossem os chefes de suas próprias famílias e negando seu
acesso a mulheres brancas.” Para Carmen e Moody, a cafetinagem de mulheres por
homens negros repara esse erro histórico. “O cafetão negro inverteu a
história,” eles explicam. “Ele domina a mulher negra e a branca e também
humilha o homem branco fazendo-o pagar pelo que suas mulheres generosamente dão
ao homem negro” (Arlene Carmen and Howard Moody, 1985: pp. 106-107).
Esse paradigma racista que define cafetões como homens
negros movidos pela vingança sexual histórica, aparentemente porque foram
privados de acesso sexual incondicional tanto a mulheres negras quanto a
brancas, desvia a atenção do tráfico organizado de mulheres possuído e
controlado por homens de negócio brancos na América – donos de bordéis em
Nevada9; donos de cassas de massagens e de serviços de acompanhantes
ao longo dos Estados Unidos; donos e gerentes de bares, boates e “estúdios de
dança” onde se promove prostituição;10 donos de negócios de “noivas
por correspondência”; organizações criminosas que operam em conluio com
exércitos americanos para persuadir mulheres asiáticas a virem para seu país e
aprisioná-las em casas de massagem (Sindicato do Crime, 1985: p. A1, A2); pornógrafos e dono de “peep shows” e “shows
de sexo ao vivo”;12 e autoproclamados revolucionários de esquerda
que levaram suas companheiras a prostituição nos anos 60 e 70. Ao fingir
preocupação com o status socioeconômico subordinado dos homens negros na
América, os liberais sexuais apontam para um cafetão individualmente,
absolvendo a si mesmos da culpa. Além do mais seu retrato do típico cafetão
americano é falso. Convenientemente omitidos de sua figura estão os maridos que
cafetinam suas esposas e pais que cafetinam suas filhas. Uma sobrevivente da
prostituição descreveu como seu padrasto a forçou a entrar na prostituição aos
11 anos.
Ele me vendia a seus amigos de bar... nós dirigíamos até um bar e então ele entrava no bar enquanto eu era deixada no carro e ele trazia seus amigos para o carro. (WHISPER, 1987)
Tais cenários de cafetinagem, comumente interracial,
são ignorados tanto na literatura popular quanto na acadêmica. Além disso a
família, sob o controle do pai, é mantida isenta de culpa pela escravização sexual
de mulheres e meninas na esfera pública e na privada. Isso não é coincidência.
É por isso que a família serve como uma área de treinamento para a
prostituição. É pelo interesse dos defensores do liberalismo sexual, em sua
maioria maridos e/ou pais, que essa instituição é mantida intacta. Eles
protegem a família através da execução de leis de proteção à privacidade, que
previnem quaisquer interferências na absoluta autoridade masculina na casa,
assim como protegem seu direito de comercializar mulheres através da
pornografia em público.
Na tentativa de absolver homens de qualquer
responsabilidade pelo comércio de mulheres, Carmen e Moody argumentam que é
“[mito] ser a cafetinagem a razão primária de mulheres estarem ‘na vida’”
(Arlene Carmen and Howard Moody, 1985: p. 101). Alegando falar pelas
prostitutas, eles afirmam “...as mulheres frequentemente escolhem o homem para
o qual dar seu dinheiro... mulheres largam um cafetão para ficar com outro. Ou
uma mulher sem homem decide trabalhar pelo cafetão que prefere” (1985: p. 104).
Alexander vai mais longe alegando que “meninas jovens (fugitivas)
deliberadamente vão às grandes cidades para achar cafetões para introduzi-las
na prostituição” (1985: p. 10).
Essas duas teorias que culpabilizam a vítima ignoram
as técnicas de manipulação utilizadas por cafetões para recrutar mulheres e
meninas para a prostituição, por exemplo, visando mulheres emocionalmente e/ou
economicamente vulneráveis, adquirindo sua confiança e dependência ao fingir
amor e amizade e praticando abuso físico ou sexual (Kathleen Barry, 1981: pp.
121-122). Eles não consideram o fato de que prostitutas que não têm cafetões
são consideradas “foragidas”. Porque uma “foragida” não é propriedade de um
cafetão, ela está disponível para todos os cafetões. Também ignorado é o fato
de cafetões trocarem mulheres entre si e as “roubarem” uns dos outros. Em uma
investigação preliminar, o Projeto de História Oral de WHISPER apurou que todas
as mulheres entrevistadas até então haviam sido assediadas, agredidas, estupradas,
sequestradas e/ou forçadas a se prostituir por um cafetão ou gangue de
cafetões. Que o fato de algumas mulheres terem cafetões no momento da agressão
não dissuadiu outros cafetões de atacá-las.
Apesar dessa realidade, Carmen e Moody retratam cafetões
como seres benignos. “O cafetão,” eles escrevem, “desempenha um papel
multifacetado na relação com sua(...) mulher (...)[como] pai, corrigindo sua
filha desobediente(...)[como] irmão(...)[como] amante. Talvez o papel mais
importante seja assumido quando(...) ele desempenha papel de marido.” Eles
alegam, “Ele é desejável porque ela acredita que ele será um bom provedor que
dará a ela o que ela precisa (...) e as coisas que ela deseja(...) e que ele
lhe dará o maior presente – ele a deixará carregar o filho dele.” Culpando a
mulher, eles afirmam “Na subcultura da prostituição o homem ainda é rei enquanto
a mulher é uma serviçal submissa, embora na maioria das vezes queira isso”
(Arlene Carmen e Howard Moody, 1985: p. 126).
O que Carmen e Moody acabam de descrever é a família
patriarcal tradicional, e fazendo isso, eles involuntariamente expuseram a
verdade sobre a prostituição. Prostituição é ensinada em casa, validada
socialmente por uma ideologia de libertação sexual, e reforçada tanto pela
igreja quanto pelo Estado. Isso é dizer que as hierarquias masculinas tanto da
direita conservadora quanto da esquerda liberal conspiram para ensinar e manter
mulheres na prostituição: a direita exigindo que mulheres sejam social e
sexualmente subordinadas a um homem no casamento, e a direita exigindo que as
mulheres sejam social e sexualmente subordinadas a todos os homens na
prostituição e pornografia. Seu objetivo comum é manter seu poder para si
mesmos e controlar as mulheres tanto na esfera pública quanto na privada.
Prostituição não é como qualquer outra coisa. Pelo
contrário, qualquer outra coisa é como prostituição porque esse é o modelo da
condição feminina. A linha entre esposa e prostituta – Madonna e vadia –
tornou-se cada vez mais tênue, começando nos anos 60 quando as tentativas das
mulheres de se libertarem dos dois pesos e duas medidas foi frustrada pela
adoção e promoção por parte da esquerda liberal da “Filosofia Playboy.” Isso resultou na substituição
dos dois pesos e duas medidas pelo padrão de um só homem, no qual libertação
sexual se tornou sinônimo de objetificação sexual masculina e acesso sexual
incondicional a mulheres. Com a invasão das casas pelos canais à cabo de
pornografia e videocassetes, a “boa esposa” se tornou equivalente à “boa vadia,”
conforme mais e mais mulheres foram pressionadas a emular os cenários da
pornografia. Nesse contexto, a esposa é pressionada, seduzida e/ou forçada a
fazer o papel de prostituta enquanto seu marido adota o papel de “cliente.”
Concursos promovidos por pornógrafos como Hustler’s
“Beaver Hunt”13 e boletins informativos pornográficos de
computador como High Society’s “Sex-Tex,”14
resultaram na proliferação da pornografia caseira. Nessa situação a esposa é
compelida a assumir o papel de “porn
Queen” (mulher que aparece em mídias pornográficas) enquanto seu marido
adota o papel de pornógrafo. O creascimento de “revistas de swingers” e “clubes de troca de esposas”
permitiram que homens assumissem simultaneamente o papel de cliente e cafetão,
pagando pelo uso da esposa de outro parceiro e disponibilizando sua esposa para
troca. A última barreira separando os papéis de esposa e prostituta é destruída
quando homens promovem encontros com prostitutas que incluem suas esposas. Uma
sobrevivente da prostituição descreve a dinâmica de tal experiência:
Muitos homens gostavam de me levar em encontros com suas esposas. Usualmente o que acabava acontecendo é assistirmos um filme pornográfico e então ele dizia, “Tudo bem, eu quero que você faça aquilo com a minha esposa.” Então, nessas circunstâncias, eu sentia que a esposa era a vítima, e que eu estava ali para machucá-la. Eu sentia que havia um real jogo de poder ali, onde o homem estava obviamente dizendo para a esposa, “Se você não fizer isso, eu vou te deixar.” Quer dizer, haviam nuances de manipulação e coerção. (WHISPER, 1988)
Em cada uma dessas formas a prostituta simboliza o
valor do homem na sociedade. Ela é o paradigma da subordinação social, sexual e
econômica das mulheres na qual seus status é a unidade básica pela qual o valor
dos homens é medido e pela qual todas as mulheres podem ser reduzidas. O
tratamento que um homem dá às mulheres mais desprezadas – as prostitutas –
define o padrão segundo o qual ele deve tratar as mulheres sob seu controle –
sua esposa e filhas.
O papel da prostituta é imposto nas mulheres em casa
quando os tribunais isentam o estupro dentro do casamento do código penal.
Essas leis codificam o imperativo moral da igreja que demanda que as mulheres
estejam incondicionalmente disponíveis sexualmente a seus maridos. Através dessa vitimização legalmente
sancionada, o Estado apoia o direito do homem ao impacto emocional e físico
nela, baseado num contrato social (casamento) que assume o consentimento formal
da parte da esposa. Essa mesma lógica tem sido usada contra prostitutas que
tentaram prestar queixa contra clientes que as agrediram sexualmente. Um
tribunal na Califórnia recentemente decidiu a favor de um cliente acusado de
estuprar uma prostituta, sob alegação de que os tribunais “não estavam em posição
de julgar brechas em contratos ilegais” (LA
Times, 1986: pp. 1,7).
O papel da prostituta é ensinado a meninas em casa
através do abuso sexual paterno. O fato de que estima-se que 75% das mulheres
na indústria do sexo foram abusadas sexualmente quando crianças sugere que as
ramificações do incesto e da agressão sexual na infância contribuíram para o
recrutamento de mulheres e crianças para a prostituição.15 Uma
sobrevivente afirma:
Eu acredito que me tornei prostituta por causa do abuso físico que experienciei na infância. Isso fez com que homens me intimidassem e assustassem, e eu era facilmente manipulada por homens. Eu também acredito que outro fator responsável em grande parte por meu envolvimento com a prostituição foi o abuso sexual que sofri muito jovem, aos 12 anos (...) e foram como três baques que aconteceram – boom, boom boom – que me fizeram saber que não foi apenas um incidente isolado. (WHISPER, 1988)
O papel da prostituta é ensinado para mulheres
individualmente e como classe, através da aprovação social da exploração sexual
comercial de mulheres por pornógrafos, que mantém nosso status de
segunda-classe e ainda assim tenta ser vendido pelo liberalismo sexual como
liberdade sexual da mulher. Dados preliminares coletados pelo Projeto de História
Oral de WHISPER refutam o argumento do liberalismo sexual de que a pornografia
é uma inofensiva fantasia ou entretenimento sexual libertados, sugerindo, ao
invés disso, que a pornografia é um importante fator no aliciamento de mulheres
na prostituição. 52% das mulheres entrevistadas revelaram que a pornografia
desempenhou um papel significante ao ensiná-las o que era esperado delas
enquanto prostitutas. 30% reportaram que seus cafetões regularmente as expunham
à material pornográfico para doutriná-las a aceitas as práticas retratadas. Uma
sobrevivente explicou:
Ele usou pornografia para me dar os modelos a serem seguidos, sabe, mulheres para reproduzir e retratar. Ele dizia, “É assim que eu quero que você se pareça” (WHISPER, 1987)
A situação é misturada ao uso da pornografia por
clientes. 80% das sobreviventes reportaram que seus clientes mostravam
pornografia a elas para ilustrar os tipos de atividades sexuais nas quais eles
gostariam de se envolver, incluindo sadomasoquismo, servidão, sexo anal, micção
ou defecação, e a depilação dos pelos pubianos para dar a impressão de
pré-adolescência. Essa informação é consistente com o testemunho dado por
sobreviventes da prostituição em audiências públicas e antes de comissões de
apuração de fatos.
Pornografia era nossa cartilha. Nós aprendemos os truques do ofício quando homens nos expunham à pornografia e quando tentávamos imitar o que víamos. Eu não consigo colocar em palavras a enorme influência que sentimos que isso teve.16
53% das entrevistadas reportaram que seus clientes
tiravam fotos pornográficas delas além de ter relações sexuais.17
Uma investigação seguinte é necessária para apurar se o uso do material
pornográfico é um fator comum na manipulação de mulheres para a prostituição;
se clientes rotineiramente exigiam que prostitutas se envolvessem em práticas
sexuais promovidas pela pornografia; se a pornografia foi um modelo para
prostitutas compelidas por clientes a replicar certos cenários retratados em
material pornográfico; e se a pornografia molda o senso próprio das mulheres
compelidas a posar para fotos pornográficas e filmes como função da
prostituição. É evidente, entretanto, que a pornografia não tem um efeito
libertador nas vidas de prostitutas, nem estimula sua autonomia sexual, como os
liberais argumentam.
Nós, as mulheres de WHISPER, escapamos da brutalidade
da família patriarcal para nos acharmos a mercê de cafetões, proxenetas e
clientes, que construíram uma indústria multimilionária vendendo o que nossos
pais e maridos nos roubaram originalmente. Nós estamos aqui para expor a
mentira de que a prostituição é a resposta à subordinação social, sexual e
econômica das mulheres.
Prostituição não
é uma “escolha de carreira”:
Eu olho para a minha vida e quando vim a este mundo, sabe, como criança, eu esperava ser alimentada, vestida, abrigada e tratada com respeito e bondade como qualquer ser humano deve desejar (...) Eu não acho que vim a este mundo com o desejo de ser prostituta. Eu acho que isso foi algo que a dinâmica social me impôs. Algo que me foi ensinado. (WHISPER, 1988)
Prostituição não é um “crime sem vítimas”
Prostituição é violência contra a mulher (...) é a pior forma de violência contra a mulher porque você é abusada por clientes, você é abusada por cafetões, você é abusada pela polícia. A sociedade em geral vira as costas para você. (WHISPER, 1988)
Prostituição é um crime cometido contra mulheres por
homens em sua forma mais tradicional. Não é nada menos do que a comercialização
do abuso sexual e desigualdade que mulheres sofrem na família tradicional e não
pode ser nada além disso.
As leis foram feitas por homens e homens desejam manter mulheres na prostituição porque eles desejam controlá-las, então o que eu mudaria a prostituição não seria legalizá-la, mas colocar um fim nela e pará-la, e eu não acredito que os homens queiram fazer isso. Eu acho que as mulheres terão de fazer isso. (WHISPER, 1988)
Destruir a instituição da prostituição é a tarefa mais formidável que o feminismo contemporâneo enfrenta.
_____
9Por exemplo, Joe Comforte, dono do Mustang Ranch, Nevada;
Russ Reade e Kenneth Green, donos do Chicken Ranch, Nevada; e Jim Fondren, dono
do Sagebrush Ranch, Nevada.
10Por exemplo, Earl Montpetit, dono da boate OZ em St. Paul,
Minnesota, condenado por promover prostituição e aguardando julgamento por
acusações de estar envolvido em prostituição de menores em 1988; Walter
Montpetit, antigo dono do Belmont Club em St. Paul, Minnesota, condenado por
promover prostituição em 1988 (Minneapolis
Star and Tribune, Abril 1988); David Fan, atual dono do Belmont Club,
perdeu a licença para venda de bebidas este ano por empregar uma menina de 13
anos como stripper e por evidências
de atividades relacionadas à prostituição (Minneapolis
Star and Tribune, Setembro 1988); Patrick Carlone, proprietário do
Hollywood Stars Dance Studios em St. Paul, Minnesota, condenado por dois
tribunais por promover a prostituição de suas funcionárias em 1988 (Minneapolis Star and Tribune, Janeiro
1988).
11Existem mais de 150 companhias de “noivas por correspondência”
operando nos Estados Unidos. The News and
Observer. (Raleigh, 21, Novembro 1986: p. 20A).
12Martin Hodas, dono do “Paradise Alley” em Nova Iorque;
Clemente D’Alessio e Scot Hyman, condenados por pornografia infantil e antigos
gerentes de livrarias adultas subsidiárias do “Show World” em Nova Iorque
(Ritter, 1987: pp. 166-69);Feria Alexander, dono de várias livrarias adultas e peep shows em Minneapolis, Minnesota.
13Hustler oferece pagamento aos
leitores que enviam as melhores “beaver
shots”(fotografias pornogáficas) de suas esposas ou namoradas.
14”Sex-Tex” é um serviço de computador da revista High Society que fornece um mercado não
regulamentado onde material pornográfico pode ser distribuído.
15 O projeto Mary Magdalene em Reseda, Califórnia, reporta que
80% das mulheres com as quais trabalharam foram sexualmente abusadas quando
crianças; Genesis House em Chicago reporta que 94% foram abusadas quando
crianças (no Primeiro Workshop Nacional das que Trabalham Com Prostitutas
Mulheres, Wayzata, Minnesota, 16-18 Outubro, 1985).
16Audiências públicas antes do Conselho da Cidade de
Minneapolis; Sessão II, Dezembro, 1983, p. 70.
17Nenhuma das mulheres usadas para pornografia recebeu
compensação adicional, assinou contrato afirmando consentimento e nenhuma manteve
posse ou controle do material. Além disso uma mulher revelou que um cliente a
ameaçou com uma faca quando ela se recusou a posar para fotos pornográficas.
Ele em seguida a amarrou com cordas, a fotografou, recusou pagar e a deixou
amarrada em um motel. Mimi Silbert também reconhece o papel desempenhado pela
pornografia para legitimar a vitimização em seu estudo sobre agressão sexual de
prostitutas (1982, p. 21).
REFERÊNCIAS (em inglês)
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Alexander, Priscilla. (1987). Prostitution: A difficult issue for feminism. In Delacoste and
Alexander (Eds). Sex work. Cleis Press. Barry, Kathleen, (1981). The underground economic system of pimping. Journal of International Affairs.
Boyer, D. (1984, January). A cultural construction of a negative sex role: The female prostitutes. Carmen, Arlene and Moody, Howard. (1985). Working women: The subterranean world of street prostitution. New York: Harper and Row.
COYOTE/NTFP (National Task Force on Prostitution) Policy Statement. 1984-1986.
Erbe, Nancy. (1984). Prostitution: Victims of men's exploitation and abuse. Law and Inequality,
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Gray, Diana. (1973). Tuming-out: A study of teenage prostitutes. Urban Life and Culture.
Hunter, Susan. (1986, June 30). Report to the Council for Prostitution Alternatives. Portland, Oregon.
"I'm blunt," says judge to outraged feminists. (1986, May 11). Los Angeles Times, Part IX, pp. 1, 7.
St. Paul Star Tribune. (1989, September 7). St. Paul, Minnesota.
Star Tribune. (1988, January 22). Minneapolis, Minnesota, p. IB.
Star Tribune. (1988, April 19). Minneapolis, Minnesota, p. 1A.
Silbert, Mimi. (1982, November). Sexual assault of prostitutes. Phase I, Final Report. San Francisco: National Center for the Prevention and Control of Rape, National Institute for Mental Health.
WHISPER. (1987). WHISPER Oral History Project. Transcript of interview. Portland, Oregon.
WHISPER. (1988). Prostitution: A matter of violence against women. Video. Minneapolis: WHISPER.
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